A colonização do município de Esperança do Sul foi muito semelhante ao que ocorreu na região. Formada pelas etnias alemã, italiana, lusa, polonesa, cabocla e indígena contribuiu com um desenvolvimento cultural típico e diversificado em relação a exploração da agricultura e o comércio, possibilitando avanços na economia da região, principalmente na década de 70 e 80.
A base de sua economia está fundamentada na produção agropecuária, a partir de uma estrutura fundiária com predomínio da pequena propriedade, de gerência familiar, com aporte tecnológico voltado essencialmente a culturas de subsistência. Modificou-se substancialmente a partir do processo de modernização ocorrido nas últimas décadas.
Até a década de 60 as propriedades tinham atividades agrícolas diversificadas, que garantiam a subsistência das famílias. Com a introdução de um novo modelo de produção, baseado na monocultura e uso de insumos, máquinas e capital subsidiado, mudou a forma de produção agropecuária. Este modelo de produção agrícola em região de minifúndio, fomentou um processo de seleção que conduziu a evasão rural, principalmente de jovens, aflorando um conjunto de problemas sociais e carência de infra-estrutura para atender a população urbana.
O município de Esperança do Sul é beneficiado pela bacia do Rio Uruguai, o qual, faz divisa com a Argentina e outros municípios da Região Celeiro. O território do município, observado no sentido leste-oeste, caracteriza-se por uma grande parte, relativamente plana, um verdadeiro divisor de águas. Para o norte, o Rio Turvo, e para o sul o Lajeado São Francisco. Era sobre este divisor, que outrora corria a Estrada Geral, hoje, em grande parte, a VRS 322, com ligação à BR 468, em Três Passos. Após este plano, bastante largo no leste e estreito, com bifurcações, no oeste, surge uma encosta bastante forte – o Cerro Grande, prenúncio da proximidade do Rio Uruguai. Do sopé deste Cerro, até o Rio Uruguai, estende-se uma pequena planície, cortada por sangas e lajeados.
Os solos da planície ribeirinha são muito férteis e propícios à fruticultura. Os solos das encostas são escuros e pedregosos. Os planaltos são, de escuro a avermelhado, e próprios para lavouras mecanizadas. O território do município, no sentido leste-oeste, é um divisor de águas, para 3 pequenas bacias: Rio Uruguai no oeste, Rio Turvo no norte e Lajeado São Francisco ao Sul. Como toda região do Alto Uruguai, o clima de Esperança do Sul é subtropical.
A exceção ocorre, no vale do Rio Uruguai, onde o clima é tropical, sem a formação de geadas e com densos nevoeiros, às vezes ultrapassando o meio-dia, principalmente no inverno. A temperatura média é de 23º na cidade e 25º no vale do rio. A máxima alcança 38º no planalto e 40º no vale. A mínima chega a 0º no alto e 4º no vale. Raríssimas vezes a temperatura cai no vale formando geadas. O clima diferenciado no vale é muito propício ao cultivo de frutas tropicais: abacaxi, banana, mamão, laranja, bergamota, cana de açúcar e outras, o que aliás, está sendo dado bastante ênfase e, alguns inclusive já colhendo os primeiros frutos. Altitude – a cidade de Esperança do Sul está a 387 metros acima do nível do mar.
O Cerro Grande forma um grande degrau, separando o planalto do vale. Neste vale do Rio Uruguai, a altitude não passa dos 210 metros, apresentando uma diferença de 177 metros.
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